27 de jun. de 2011

Você Sabia? [5ª Edição]

5ª Edição do Quadro "Você Sabia?"






A História do Beijo



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Os historiadores não sabem muito sobre a história inicial do beijo. Quatro textos em Sânscrito Védico, escritos na Índia por volta de 1500 a.C.parecem descrever pessoas se beijando. Isso não significa que ninguém tenha se beijado antes, nem que os indianos tenham sido os primeiros a se beijar. Os artistas e escritores podem ter considerado o beijoparticular demais para ser descrito na arte ou literatura.
Após sua primeira menção por escrito, o beijo não apareceu muito na arte ou na literatura por algumas centenas de anos. O poema épico indiano “Mahabharata” descreve o beijo nos lábios como um sinal de afeto. O “Mahabharata” foi transmitido oralmente por milhares de anos antes de ser escrito e padronizado, em torno de 350 d.C.
O texto religioso indiano “Vatsyayana Kamasutram“, ou o “Kama Sutra“, também descreve uma variedade de beijos. Ele foi escrito no século VI d.C.Os antropólogos que acreditam que o beijo é um comportamento aprendido afirmam que os gregos souberam sobre ele quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia em 326 a.C.
Não há muitos registros sobre os beijos no mundo ocidental até a época do Império Romano. Os romanos costumavam usar o beijo para cumprimentar amigos e familiares. Os cidadãos beijavam a mão do Imperador e, naturalmente, as pessoas beijavam seus parceiros. Os romanos tinham três categorias para o beijo:
  • osculum era um beijo na bochecha
  • basium era um beijo nos lábios
  • savolium era um beijo profundo
Os romanos também iniciaram várias tradições relacionadas ao beijo que perduram até hoje. Na Roma antiga, os casais ficavam noivos beijando-se apaixonadamente na frente de um grupo de pessoas. Essa é, provavelmente, uma das razões pelas quais os casais modernos se beijam ao final de cerimônias de casamento. Além disso, embora a maioria das pessoas pense que somente cartas de amor são “seladas com um beijo”, os beijos foram utilizados para selar contratos jurídicos e comerciais. Os antigos romanos também costumavam beijar como parte de suas campanhas políticas. No entanto, vários escândalos de “beijos por votos” na Inglaterra do século XVIII levaram, teoricamente, os candidatos a beijar somente jovens e idosos.
O beijo também teve sua função nos primórdios da Igreja Cristã. Os cristãos com freqüência se cumprimentavam com um osculum pacis, ou beijo sagrado. De acordo com essa tradição, o beijo sagrado causava uma transferência de espírito entre as duas pessoas que se beijavam. A maioria dos pesquisadores acredita que o objetivo desse beijo era estabelecer vínculos familiares entre os membros da igreja e fortalecer a comunidade.
Até 1528, o beijo sagrado era parte da missa católica. No século XIII, a Igreja Católica o substituiu por um cumprimento de paz. A Reforma Protestante no século XVI removeu totalmente o beijo da prática protestante. Na verdade, o beijo sagrado não exercia uma função na prática católica religiosa moderna, embora alguns cristãos beijem símbolos religiosos, como o anel do Papa, por exemplo.
Embora atualmente, poucos  religiosos incorporem o beijo sagrado, o beijo ainda prevalece na cultura ocidental. Hoje em dia, as pessoas se beijam em várias situações por motivos diversos.
Mas nem todos os beijos são felizes. Obras da literatura como “Romeu e Julieta” descreveram beijos como “perigosos” ou “mortais” quando compartilhado com as pessoas erradas. Alguns estudiosos do folclore e críticos literários vêem o vampirismo como um símbolo dos perigos físicos e emocionais decorrentes de se beijar a pessoa errada.
Atualmente, a maioria das culturas em todo o mundo pratica o beijo, mas possui diferentes opiniões sobre quando e onde o beijo é apropriado. Nos anos 90, vários artigos na mídia relatavam uma tendência entre os jovens de beijar em público no Japão, um país onde o beijo tradicionalmente era visto como uma atividade privada.
O beijo de Judas
Um dos beijos mais famosos do mundo ocidental foi o beijo de Judas Iscariotes usado para trair Jesus antes da crucificação. Esse beijo teve forte influência sobre as práticas espirituais cristãs. Grupos da igreja logo omitiram o beijo sagrado, ou se abstiveram por completo de beijar na Quinta-Feira Santa. A Quinta-Feira Santa é a quinta antes da Páscoa e o dia utilizado para comemorar a Última Ceia, após a qual Judas traiu Jesus nos Jardins do Getsêmani.

O Chocolate

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Histórias, mitos e os prós e contras para a saúde desta deliciosa guloseima
Com a chegada da Páscoa, o que todo mundo quer é um coelhão para trazer aquele merecido ovo de chocolate. Pois é, chocolate combina com amor, beijos, carinho e muitas outras coisas.
O chocolate já é especial desde o nome que originalmente é Theobroma, que do grego quer dizer “alimento dos deuses”, e não deve ser à toa.
A história do chocolate começou com as civilizações asteca e maia, na América Central, onde hoje ficam os territórios do México e da Guatemala.
Lá no México, os astecas cultuavam o deus Quetzalcoatl. Ele personificava a sabedoria e o conhecimento e foi quem lhes deu, entre outras coisas, o chocolate. Os astecas acreditavam que Quetzalcoatl trouxera do céu para o povo as sementes de cacau. Eles festejavam as colheitas com rituais cruéis de sacrifícios humanos, oferecendo às vítimas taças de chocolate.
Um dia Quetzalcoatl ficou velho e decidiu abandonar os astecas. Partiu em uma jangada de serpentes para o seu lugar de origem – a Terra do Ouro. Antes de partir, porém, ele prometeu voltar no ano de “um cunho”, que ocorria uma vez a cada ciclo de 52 anos no calendário que ele mesmo criara para os astecas.
Em toda aquela região a importância do cacau não residia apenas no fato de que dele se obtinha uma bebida fria e espumante, chamada “tchocolath”.
Colombo, o primeiro europeu a provar o chocolate, não lhe deu a mínima importância. Mal sabia que um dia ele seria apreciado no mundo inteiro. Hoje, o Brasil ocupa a posição de sexto maior produtor mundial de cacau.Sexo e chocolate
Uma piada diz que chocolate é melhor que sexo porque até mole é gostoso. Hehehehe. Bobagem.
Uma das melhores notícias sobre o chocolate nos últimos tempos, é que o chocolate tem substâncias que são antioxidantes, ou sejam, que ajudam a prevenir doenças e o envelhecimento, por isso surgiram os tratamentos estéticos a base de chocolate, como banhos, sabonetes, barras de massagem etc.
Mas cuidado, o chocolate ainda é um alimento altamente calórico, por isso o melhor é associar a uma boa noite (ou melhor, um dia inteiro de amor), porque ai você pode comer seu chocolate e gastar as calorias ao mesmo tempo.
Aliás, você sabe quantas calorias são gastas durante o ato sexual, mas tem que ser aquele bem feito, com beijos, carinhos, mudanças de posição, etc? Estudos realizados por especialistas em gasto calórico e atividades físicas mostraram que a média de gasto por hora é de 350 calorias- ou seja, melhor do que uma hora de esteira!
O problema é que o chocolate, como qualquer alimento calórico engorda sim. Ele é um alimento rico em calorias, composto por carboidratos, gorduras e uma pequena porção de proteínas. Os estudos demonstram que o cacau, que é a base do chocolate, possui substâncias químicas que podem causar o mesmo tipo de sensação percebida em pessoas viciadas em álcool ou drogas.
Uma delas é a anandamina, um tipo de gordura que ativa os receptores químicos cerebrais. As pesquisas concluíram que uma barra de chocolate pode produzir uma sensação leve de bem estar, o suficiente para viciar mesmo.
O chocolate também traz em sua composição substâncias estimulantes como a cafeína e a teobromina. Uma barra de chocolate possui aproximadamente dez miligramas de cafeína, que ajudam a elevar o estado de excitabilidade e bem estar.
Além disso, o chocolate tem efeitos sobre a serotonina e a dopamina cerebrais, substâncias presentes na regulação do humor e nos comportamentos compulsivos. A serotonina, por exemplo causa aquela sensação de bem estar quando estamos felizes, seja após uma refeição ou por amor, tudo é intermediado quimicamente, por isso alguns antidepressivos mais modernos regulam justamente a serotonina, assim como alguns dos medicamentos mais eficazes e modernos para emagrecer.
O CHOCOLATE É DO BEM!!!!!
APESAR DE SER ALTAMENTE CALÓRICO, SUAS GORDURAS NÃO AUMENTAM O COLESTEROL E AINDA PREVINEM O APARECIMENTO DE DOENÇAS E DO ENVELHECIMENTO.
As calorias contidas numa barra de 45g equivalem a três e meio pães franceses ou a quatro copos médios (200 ml) de leite. Ou seja, qualquer pessoa saudável deve consumir chocolate, no máximo, de uma a duas vezes por semana. Quem é obeso ou faz dieta para perda ou manutenção de peso, deve evitar, mesmo os ligths e diets, que são também altamente calóricos. Mas podemos fazer uma exceção agora na Páscoa.
Nutrição
O chocolate é uma excelente fonte alimentar, rico em de magnésio, um nutriente essencial para a saúde dos ossos e dentes, e para a função normal dos nervos, músculos e do sistema imunológico.
O chocolate também contém um tipo especial de gordura, o ácido esteárico que, ao contrário da maioria das gorduras saturadas, não eleva o colesterol. São ainda encontradas no chocolate as catequinas, poderosos antioxidantes que previnem o envelhecimento natural e ajuda no tratamento e prevenção do aparecimento de várias doenças no corpo.
A função dos antioxidantes é proteger o organismo dos radicais livres, produzidos em situação de estresse e que contribuem para o envelhecimento, além de aumentar os riscos de doenças cardíacas.
Estudos recentes mostram que os níveis de catequinas no chocolate são comparáveis aos encontrados no chá preto, conhecido como uma importante fonte de antioxidantes. Então aproveite a Páscoa. Depois dê um jeitinho de perder as calorias.

A História das Roupas

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Roupa, traje, ou vestimenta, é o que usamos habitualmente para cobrir nosso corpo, e sua história revela uma evolução intimamente ligada à dos costumes. A Bíblia relaciona a origem do vestuário com o conceito do pecado, explicando que Adão e Eva reconheceram que estavam nus após comerem o fruto da árvore do Bem e do Mal, e por isso passaram a usar uma cinta feita com folhas de figueira. Nas regiões mais quentes da Terra os homens primitivos andavam nus porque não possuíam qualquer noção de pudor.
Dados como esses fizeram surgir a certeza de que foram as variações meteorológicas que impuseram ao homem de antigamente a necessidade de cobrir o corpo com alguma coisa.
Documentos da Idade da Pedra Polida evidenciam que o homem de então já usava um traje que consistiria numa proteção sumária igual à tanga ainda hoje utilizada por alguns povos selvagens, acrescida, no inverno, de peles de animais.
Mais adiante, na Assíria e Babilônia, o traje atingiu uma fase de adorno, consistindo numa espécie de camisões com mangas que diferenciavam as classes sociais apenas pela tonalidade do tecido. A vestimenta dos egípciosconsistia essencialmente num avental pendente da cintura, que se alargou entre as classes mais ricas durante as dinastias faraônicas, transformando-se numa saia que descia até os joelhos; a túnica, comum a ambos os sexos, consistia em duas peças alongadas, presas nos ombros pelas pontas e fixadas à cintura por meio de um cinto, embora as mulheres costumassem acrescentar a ela um pequeno xale transparente e de cores vivas. Posteriormente, quando por influência asiática, as túnicas passaram a ser de tecido transparente, as escravas das famílias ricas começaram a andar quase despidas, usando apenas cintas e adornos.
Os hebreus vestiam túnicas largas, com mangas, colocando por cima delas mantos quadrados e enfeitados com riscas de várias cores. O traje dos fenícios era semelhante ao dos hebreus, embora mais luxuosos. As estátuas gregas atestam a perfeição que os helenos procuravam atingir, inclusive no seu modo de trajar: homens e mulheres vestiam uma túnica que chegava aos joelhos deles e aos pés delas, além de outras peças sobrepostas, cuja função era a de embelezar o vestuário. Os romanos usaram inicialmente um camisão curto que caía sobre o corpo, ao qual davam o nome de ruga; a toga foi um traje nacional, enriquecido e modificado através dos tempos de acordo com a classe social a que pertencia os que a usavam; as damas patrícias acrescentavam à sua roupa, por muito tempo semelhante à dos homens, um véu transparente, enquanto as donzelas casavam com uma túnica branca e um cinturão que deveria ser arrancado pelo noivo. No período de decadência do império, o traje romano, em grande parte imitado do grego, deixou-se influenciar por muitos elementos de outras origens. Os bárbaros, de modo geral, usavam trajes simples. Nos primeiros tempos de sua invasão, os francos, da Espanha, usavam uma camisa de linho, calção justo de lã, corpete também de linho e cabeça coberta com gorro, mas aos poucos, porém, os invasores do Império Romano passaram a usar as vestes locais. Quanto aos árabes, eles sempre tiveram um traje mais ou menos uniforme: a manta do deserto, os calções largos do homem nômade, a faixa cingida à cintura e a aljuba, veste curta semelhante a um colete, com mangas ou meia-mangas, justa ao corpo; já as mulheres usavam túnicas e véus que lhes cobriam parte do rosto.
Nos primeiros séculos da Idade Média, os trajes da Europa Ocidentalcaracterizavam-se por uma busca de simplicidade que pudesse demonstrar o espírito religioso da época:  por isso as mulheres usavam um traje ondulado que lhes encobria os contornos do corpo, enquanto os nobres também trataram de se adaptar a esse conceito procurando afastar-se o luxo do pagnismo. Apesar disso, no leste do continente ainda persistiam as influências asiáticas quanto ao luxo nos vestuários, tanto que com o advento dasCruzadas, o próprio Ocidente europeu se deixou influenciar pelos hábitos orientais, fazendo com que os trajes, tanto masculinos quanto femininos, evoluíssem para maior ostentação de riqueza. No século 12, isso foi influenciado consideravelmente pela arte bizantina, pois homens e mulheres passaram a usar roupas com maior finura de linhas; as mangas tornaram-se mais compridas, a ponto de chegarem ao chão; os mais ricos recorreram aos brocados asiáticos e aos roupões orientais; os nobres caracterizavam-se pela sua cota de malhas, justa, franjada e com bordados e pedrarias, além de manto solto e forrado de peles.
No século 13 o traje tornou-se mais severo, com os cavalheiros usando calças justas até a ponta dos pés, mas as damas rivalizavam com eles no uso de tecidos caros. No século 14, o gibão militar tornou-se também traje civil masculino, ao lado da beca, da camisa e do espartilho, além de calções ou calças, mas os grandes senhores usavam, ainda, capas ou sobretudos de mangas compridas; em meados dessa mesma época apareceram trajes femininos mais graciosos que as vestes onduladas tradicionais. No século 15tornou-se mais evidente a vaidade no trajar: os vestidos tinham uma gola bem larga, as mangas eram muito justas e terminavam em punhos largos de pele ou seda; os homens ostentavam bonés altos e calças escorridas. Na segunda metade desse século a camisa passou a ser usada com uma abertura no pescoço, tornando-se moda a roupa branca luxuosa, mas no final do mesmo período, as saias das damas começaram a alargar-se na cintura. Na Espanha, surgiu a moda de terem as senhoras e donzelas uma cintura de vespa, e para isso os vestidos eram repuxados para as costas e para o peito. Após a queda de Constantinopla, o traje turco modificou-se consideravelmente: ambos os sexos passaram a se vestir de modo semelhante – camisa, calça ou calção largo, cinturão e turbante. A indumentária feminina divergia apenas porque os tecidos eram mais ricos e finos, e havia maior abundância de adornos.
Nos séculos 16 e 17 o traje europeu sofreu profundas modificações, evoluindo para formas mais graciosas. Os vestidos alargaram-se; as damas tinham corpetes muito decotados, bordados a ouro, vestidos de seda rica, aventais e capaz com capuz, ao passo que os homens usavam cabelo comprido, pescoço nu e peito erguido, além de decotes em suas roupas. A classe média adotava o padrão de roupas sem gola, manga de saco provida de punho, manto de gola alta e corpetes ajustados ao corpo. Em meados doséculo 17, o barroquismo, na Espanha e Portugal, refletiu-se também no modo de vestir, surgindo as vestes de gola alta com bordados a ouro e prata, enquanto as vestes femininas sofriam poucas modificações. As classes nobres da França caracterizaram-se igualmente, na época, pelo luxo do vestuário, o que se acentuou no século 18. A Revolução Francesa implantou vestes simples, abolindo-se também as cabeleiras para os homens. O Diretório (Corpo executivo que regeu a França de 10/95 a 11/99) caracterizou-se pelos vestidos femininos de cintura alta e decote pronunciado. Em meados do século 19 o calção masculino desapareceu definitivamente, substituído pela calça bem justa.
No começo do século 20 as mulheres usavam saias muito compridas e os homens colarinhos engomados muito altos. Em 1914 desapareceu a cauda na saia das mulheres, suprimiu-se o véu, e os costureiros parisienses, verdadeiros ditadores da moda, tendiam já para certa simplicidade. Com a divulgação das práticas esportivas, os trajes passaram a visar maior liberdade de movimento, e ao final da 1ª Grande Guerra, acentuou-se a tendência para vestidos femininos mais curtos. O traje masculino voltou-se para uma simplificação e alguma padronização, enquanto o feminino continuava a variar consideravelmente, de ano para ano. No Oriente, os chineses e japoneses conservaram até hoje os seus trajes tradicionais, embora nos últimos anos tenha sido observada a penetração cada vez maior dos modelos de roupa ocidentais. Em muitos países ainda existem modelos de roupa tradicionais, usados principalmente nas aldeias, e que se conservam como tradição local. Os trajes eclesiásticos, militares e afins, tiveram igualmente, através dos tempos, um processo evolutivo diferente do das roupas comuns.




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